segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tão

 

Tão só, tão seu, tão eu. Eu sou o que você quer e me tranformei no que eu quero também.
Tão livre, tão ansiosa, um tanto quanto perigosa.
A vida é um momento, é uma fase, é estranha. Amedronta.
Tão incrível, tão terrível, tão sensível. As pessoas são um ponto de interrogaçãotão, são
tão individuais, tão pessoais, tão legais, ou não.
Cada um, cada coisa, cada momento, cada tempo.
Cada um são tão tudo.

Carol B. Pereira

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Passarinhos


Voar, pra bem longe, pra muito alto, em alta velocidade.
A liberdade de um passarinho é o que eu quero, espero. Pegar carona nas correntes do ar e sentir as vibrações dos céus.
A única preocupação dessas belas criaturas é saber: pra onde vou será que chove?
Os fracos esperam a chuva passar para depois sair, os fortes saem antes de a chuva cair. Esses apreciam, mesmo que de longe, a magia do arco-iris, aqueles, se escondem em baixo de uma folha de uma árvore qualquer, perdendo os momentos belos da vida e sendo espectadores desse espetáculo que é viver.
E se uma gota divina de água faz você temer ser feliz, viva com essa alegria medíocre e morra sabendo que você nunca, se quer, tentou experimentar o que é felicidade de verdade.

Carol B. Pereira

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Que meus sonhos iluminem minhas ideias.



Boa noite!

A primeira e última vez



imagem de: http://abduzeedo.com/very-stylish-and-unique-artworks-anna-anjos

O primeiro dia, a primeira vez, a primeira impressão, as primeiras palavras, os primeiros olhares, as primeiras informações, a primeira hora, o primeiro momento, a folha em branco.
Tudo que está começando sempre nos torna medrosos, incertos, inseguros e inexperientes; curiosos para saber o que virá, como vai ser.
Tudo que está acabando, um adeus, um até logo, a última página, o último olhar, o fim de uma história; nos gera também medo, insegurança, angústia, experiência e cetezas, mas algumas dúvidas, pois tudo começará novamente:
um novo primeiro dia, uma nova primeira vez, uma nova primeira impressão, novas primeiras palavras, novos primeiros olhares, novas primeiras informações e uma página virada e mais uma nova página em branco.

Carol Brum

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Palavras

Imagem de: http://abduzeedo.com/?page=2

Um escritor sempre sabe o que falar.
Sempre tem uma resposta.
Nunca perde o verbo.
Nunca fica em silêncio.
Sejam palavras faladas, sejam palavras escritas ou até pensadas.
Elas sempre estão ali.
Em algum lugar elas estão.
Transformando sentimentos, amores, momentos e saudades.
Recordando.
Gravando.
Ler é magico, escrever é revelar a magia.
Carol B. Pereira.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Saudade, quem não sente?

Imagem de: http://abduzeedo.com/
Quem não tem saudade de comer ou fazer coisas que só fazia quando era criança e que agora ainda podem fazer, mas por algum motivo não fazem mais. Eu por exemplo, tenho muita vontade de comer mini salsichas enlatadas. Eu comia muito isso quando era criança e minha mãe sempre falava: - "Não come todas, vai te dar dor de barriga"! Pois, agora tenho vontade de comer to-das, será que vai dar dor de barriga mesmo?
Uma coisa que sinto nojo de mim mesma quando lembro é que eu comia maionese de colher. Também que amava comer só a gordura da carne. É, agente muda!
Tem outras coisas que sinto saudade: de passar o dia inteirinho brincando com minhas amigas, de poder viajar todo final de ano pra praia, de ficar doente e poder ficar em casa sendo mega cuidada pela mãe, das novidades da adolescência, de ter meu pai e minha mãe em casa e fazer programas de família, de colecionar figurinhas. Na verdade eu sinto saudade de ser criança eu acho. Mas, sei que isso é uma coisa que não posso mais reviver e agora devo deixar guardado na gaveta. É bom relembrar e viver isso na memória. Deveriamos estar sempre retornando no tempo para recordar como era ser feliz e trazer isso atona, em todos os moentos.
Que pena! Era muito legal ser criança.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ciclo de vida contrário, sim, seria perfeiro.


Dando continuidade sobre o ciclo de vida, vale recolocar o que o grande realizador Chaplin dizia:


A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?


Charles Chaplin


O filme "O curioso caso de Benjamin Button " (2008) com direção de David Fincher, retrata bem o que Chaplin falou há anos.

Cópia ou inspiração?

Acho que inspiração. Quem ainda não viu, fica a dica. É um ótimo filme.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.
E lembra-te:Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Fernando pessoa

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Paris, um sonho de cidade.

Foto de: Daniel Jardim

Bom dia!
Devo começar falando que, muitas vezes, sonho com o que estou com saudade. Outras vezes sonho com acontecimentos que me impressionam.
Hoje eu sonhei que tinha retornado a Paris.
Isso acontece, mais ou menos, umas 4 vezes na semana, porque sinto saudade e o que vivi por lá foi realmente impressionante.
Mas, cada vez que isso sucede eu fico hora deprimida, hora feliz.
O fato é que me sinto estranhamente invocada quando acordo assim, sem saber o que pensar.
A decepção acontece porque revivo momentos únicos e excepcionais na minha vida e isso deveria ser bom, mas não quando eu acordo e vejo que não estou lá. Ah! Era tão bom acordar lá.
E a sensação de felicidade acontece depois de horas, claro. Quando paro para pensar que, em vez de ficar triste por não estar lá, devo ficar feliz, pois estive lá e só quem já esteve pode ter essa sensação de querer retornar e reviver.
Mas, tudo bem. A vida continua. E se Deus quiser me dar novamente uma oportunidade real de estar naquela cidade maravilhosa, vou agradecer. Enquanto isso, fico apenas sonhando com a volta.

Carol B. Pereira

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pode entrar

Há 10 anos eu era: escoteira
Eu usava: tesoura e papel
Eu dizia: e agora?
Eu sabia: rir de tudo
Eu desejava: escrever um livro de poesias
Hoje eu sou: publicitária
Eu uso: Cntrl C + Cntrl V
Eu digo: tudo se resolve!
Eu sei: criticar tudo
Eu desejo: ver meus anúncios na mídia

Felicidade canina

Foto de: Carol B. Pereira
Tenho uma cachorra. Ela não é uma cadela, mas uma cachorra. A Pink.
Todo dia de manhã quando percebe que já estou acordada ela coloca suas patas dianteiras na porta do meu quarto, abre e sobe na cama correndo, pulando e balançando, seu minúsculo rabo de pintcher, em cima de mim.
Ela brinca, faz festa, pede carinho e me dá carinho. Muitas vezes acordei com o rosto arranhado pelas unhas caninas da Pink, que; brutalmente acha que está me fazendo um carinho.
Mas, digo que é muito compensador acordar assim. Impossível começar o dia mal humorada quando alguém ou alguma cachorra te recebe com tanta animação e carinho.
Daí eu me pergunto: como ela consegue acordar feliz todo santo dia?
Acho que é porque ela é uma cachorra.

As pessoas deviam ter esse dom.

Carol B. Pereira

O segredo da vida

Imagem de: http://abduzeedo.com/?page=5
Segundo a minha vó o bom humor é o segredo da vida.
E ela é a única de todas as pessoas que cruzaram meu caminho
que enxergo o gosto de viver.
Ela é energia, emoção, animação, alegria, compreensão,
reza, espiritualidade, conflito, luz, esponja.
O elo de ligação, o estímulo.
Oitenta e uma primaveras vividas; sofridas; mas, coloridas.
Minha vó me disse que é feliz assim.
E eu acreditei.

Carol B. Pereira

Processo de criação

Imagem: http://www.thecoolhunter.net/36 Receber, processar, pensar, pensar, pensar e pensar.
Pesquisar, desenhar, escrever.
Pensar, pensar e pensar.
Realinhar, reavaliar, reescrever, editar.
Enviar.
Aguardar...
aguardar...
aguardar...
Arrumar.
Reenviar.
Que dor de cabeça!

Minha vida está em criação e eterna construção.

Carol B. Pereira

Convívio

A mais difícil das situações
O convívio.
Pessoas diferentes, humores, manias,
hierarquias estranhas, realidades distintas,
visões, opiniões, gostos e conceitos de vida.
Parabéns a quem consegue.

Carol B. Pereira

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Filosofia de Travesseiro:



a sabedoria que se desenvolve e se transforma no deitar da cabeça ao travesseiro. Aquilo que intriga, complica e descomplica antes ou depois do sono. Os pensamentos que habitam os sonhos. As realizações e as decobertas noturnas. Os hóspedes mais estranhos da nossa cabeça, as ideias encubadas durante o período de desligamento mental.

Para que nada seja desperdiçado tudo será publicado. Bobagens ou não, reais ou histórias esquisitas que derrepente ninguém compreenderá. Mas, por que compreender?

Carol B. Pereira